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Mulher, como te chamas? - Não sei.
Quando nasceste, tua origem? - Não sei.
Por que cavaste um buraco na terra? - Não sei.
Há quanto tempo estás aqui escondida? - Não sei.
Por que mordeste o meu anular? - Não sei.
Sabes, não te faremos mal nenhum. - Não sei.
De que lado estás? - Não sei.
É tempo de guerra, tens de escolher. - Não sei.
Existe ainda a tua aldeia? - Não sei.
E estas criancas, são tuas? - Sim.
Poema de WISLAWA SZYMBORSKA
2 comentários:
Um lindíssimo poema...
As Mães são absolutamente únicas... mas eu festejo o dia a 8 de Dezembro!
Burro velho não muda.
Maravilhoso poema. Szymborska ganhou um prêmio Nobel com muita justiça. Esta poesia dela é uma mais do que justa homenagem às mães. Na verdade à todas as mulheres... Parabéns! E parabéns pelo blogue. Muito bom...
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