sexta-feira, junho 30, 2006
quinta-feira, junho 29, 2006
Poemas, que eu gosto
é urgente
arranjem-me um deus
não um deus qualquer
que eu sou exigente
um deus nascido de fêmea-mulher
e que não tenha igreja
nem more num altar
um deus que fique onde eu o veja
um deus com quem possa falar
não precisa refulgir de luz
não é pra pendurar
nem pregar na cruz
que importa se a mãe for prostituta
e o pai falsário
eu quero um deus que vá à luta
que sofra
que transpire por um salário
que comigo beba um copo ao sol poente
que me ajude a nadar contra a corrente
e quando eu estiver próximo do fim
nessa névoa doce junto ao mar
que tenha sido o deus em que eu soube acreditar
sabendo que ele
sempre
acreditou em mim
arranjem-me um deus!
poema de, J. M. Restivo Braz
quarta-feira, junho 28, 2006
sexta-feira, junho 23, 2006
-- e isso me basta.
quinta-feira, junho 22, 2006
So these lighter days can soon begin
I'll be alone by maybe more carefree
Like a kite that floats so effortlessly
I was afraid to be alone
Now im scared thats how id like to be
All the faces none the same
How can there be so many personalities
So many lifeless empty hands
So many hearts in great demand
And now my sorrow seems to far away
Until i'm taken by these bolts of pain
But i turn them off and tuck them away till these rainy days that make them stay
And then i'll cry so hard to these sad songs
And the words still ring, once here now gone
And they echo through my head everyday
And i dont think they'll ever go away
Just like tihnking of your childhood home
But we cant go back were on our own
Oh,
But i'm about to give this one more shot
And find it in myself
Ill find it in myself
So were speeding towards that time of year
To the day that marks your not here
And i think i'll want to be alone
So please understand that i dont answer the phone
I'll just sit and stare at my deep blue walls
Untill i can see nothing at all
Only particles some fast some slow
All i can see is all i know
Ohh..
But i'm about to give this one more shot
And find it in myself
I'll find it in myself
quarta-feira, junho 21, 2006
Gone you sons of darkness
Gone you tyrants of old
From the land where we hear lautari playing
Here in the outfield of Europe
A cry for freedom was heard
Rang out to the world
And we all stood watching
Hold the light
Keep it burning so bright
For the children
Copii Romania
Must they live so long In the shadows
Copii Romania
Will we turn and sayLike many times before
We did not know?
Once there was a proud people
Filled with laughter and song
Could they feel something wrong
Through the air was blowing?
Here by the mighty Karpatii
The fight for freedom began
The fight for life still goes on
But no-one listens any more
Hold the lightKeep it burning so bright
For the children
Música de, Barclay James Harvest
terça-feira, junho 20, 2006
segunda-feira, junho 19, 2006
We walked the narrow path,
beneath the smoking skies.
Sometimes you can barely tell the difference
between darkness and light.
Do you have faith
in what we believe?
The truest test is when we cannot,
when we cannot see.
I hear pounding feet in the,
in the streets below, and the,
and the women crying and the,
and the children know that there,
that there's something wrong,
and it's hard to belive that love will prevail.
Oh it won't rain all the time.
The sky won't fall forever.
And though the night seems long,
your tears won't fall forever.
domingo, junho 18, 2006
quinta-feira, junho 15, 2006
-- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para os viajantes, as estrelas são guias. Para outros, não passam de luzinhas. Para outros, os cientistas, são problemas. Para o meu homem de negócios, eram ouro. Mas todas essas estrelas estão caladas. Tu, tu vais ter estrelas como mais ninguém...
-- O que é que isso quer dizer?
-- À noite, pões-te a olhar para o céu e, como eu moro numa delas, como eu estou a rir numa delas, para ti, é como se todas as estrelas se rissem.
(....)
Antoine De Saint-Exupéry em O principezinho
PS :
(...)
Ora olhem para o céu e pensem: " A ovelha terá ou não terá comido a flor?" Vão ver como tudo fica diferente...
(....)
quarta-feira, junho 14, 2006
terça-feira, junho 13, 2006
Café do molhe
Perguntavas-me
(ou talvez não tenhas sido
tu, mas só a ti
naquele tempo eu ouvia)
porquê a poesia,
e não outra coisa qualquer:
a filosofia, o futebol, alguma mulher?
Eu não sabia
que a resposta estava
numa certa estrofe de
um certo poema de
Frei Luis de Léon que Poe
(acho que era Poe)
conhecia de cor,
em castelhano e tudo.
Porém se o soubesse
de pouco me teria
então servido, ou de nada.
Porque estavas inclinada
de um modo tão perfeito
sobre a mesa
e o meu coração batia
tão infundadamente no teu peito
sobre a tua blusa acesa
que tudo o que soubesse não o saberia.
Hoje sei: escrevo
contra aquilo de que me lembro,
essa tarde parada, por exemplo.
Poema de Manuel António Pina