segunda-feira, maio 14, 2007







Disse uma folha de papel branco:







"Pura fui criada e pura permanecerei para sempre.



Antes ser queimada e convertida em brancas cinzas, do que suportar que a negrura me toque ou o sujo chegue junto de mim".













O tinteiro ouviu o que a folha de papel dizia, e riu-se em seu escuro coração.






Mas não ousou aproximar-se dela.













E os lápis multicoloridos ouviram-na também, e nunca se aproximaram dela.













E a folha de papel, branca como a neve, permaneceu pura e casta.




Para sempre, pura, casta...



e vazia...























Texto de Khalil Gibran

2 comentários:

ruth ministro disse...

... E vazia... :)

Beijinhos, querida.

as velas ardem ate ao fim disse...

Não conhecia este texto que é belissimo.