Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
Poema de Eugénio de Andrade
1 comentário:
Obrigada pela visita. Será desnecessário dizer o quanto gosto deste poema, deste poeta de eleição!
Beijos
Enviar um comentário