Também, não era dificil. Afinal, há muito que todos o anteviam, excepto eu, que só adivinho coisas erradas.Disseram-me que talvez tu viesses e eu quedei-me à tua espera, alheia à tarde que escurecia, alheia à noite que estrelou....
Deve ter esfriado também, não notei.
Tu vieste, mesmo!
E agora.... agora, eu escolhia, muito à pressa, as palavras, para te contar.
Sim, quando acabasse o abraço e tu parasses de me olhar, eu teria que falar!
Falar explicações, apenas. Porque o resto, tu sabes, toda a gente sabe.
Emendo: toda a gente soube, antes de mim!
(1, 2, 3, vou dizer tudo, agora mesmo, força!)
-- Vem ver o limoeiro, ganhou flores, está bonito.
Um sorriso teu...
(E sorriste de mim e não para mim, penso.)
-- Sorte. Foi sorte. Tive sorte. Foi isso. Foi assim.
(A sorte evitava outras explicações e poupava-me as palavras, acabara de me ocorrer...)
Avistei uma surpresa e uma interrogação, mas foram breves e ligeiras pois logo logo aconteceu um sorriso largo e uma palavra, teus:
-- Parabéns!
Outro abraço, e juntas, fomos festejar.
Fim
fatima
quarta-feira, março 12, 2008
Uma história
Era tarde, mas mesmo assim, tu vieste.
Um abraço e um olhar ao fundo dos meus olhos e, soubeste tudo.
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3 comentários:
Aqui estou eu, amiga... as minhas mãos rasgadas de sonhos incumpridos. A solidão que é tão minha surge devagarinho, esgueira-se por entre as résteas dos meus sorrisos gastos, desnecessários neste novo mundo, onde se finge que se é muito mais do que poderias ser. E aqui estou eu... uma réstea de um sonho que não pude sonhar...
Um beijo muito grande para ti, sei que me entendes na íntegra.
Olá, essa é a minha primeira visita no deu blog, gostei muito do seu espaço, dos textos...
Nesse último, até dá pra sentir o nervosismo da moça, tentando pensar palavras, correndo contra o tempo, antevendo o fim do abraço...
Muito legal.
Um outro narrador...
Gostei do teu comentário no alpendre...
Thanks
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