quinta-feira, maio 29, 2008

terça-feira, maio 27, 2008


Quando



Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta

Continuará o jardim, o céu e o mar,

E como hoje igualmente hão-de bailar

As quatro estações à minha porta.



Outros em Abril passarão no pomar

Em que eu tantas vezes passei,

Haverá longos poentes sobre o mar,

Outros amarão as coisas que eu amei.



Será o mesmo brilho a mesma festa,

Será o mesmo jardim à minha porta,

E os cabelos doirados da floresta,

Como se eu não estivesse morta.



Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, maio 24, 2008

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

Poema de Pablo Neruda




sexta-feira, maio 23, 2008

quarta-feira, maio 21, 2008

para a I..., do As velas ardem sempre até ao fim


I follow the night

Can't stand the light

When will I begin

To live again?

One day I'll fly away

Leave all this to yesterday



Why live life from

Dream to dream

And dread the day

When dreaming ends?


One day I'll fly away

Leave all this to yesterday

Why live life from

Dream to dream

And dread the day

When dreaming ends?

One day I'll fly away

Fly, fly away







sábado, maio 17, 2008

Para a A..






No amor,

eu também me zango

e fico triste e amuada.

E, não me orgulho,

falo alto e disparatado.







No amor,


nem sempre estou no sitio certo.


E, confesso,


às vezes, no amor,


até gosto um bocadinho menos...














No amor,


e em tudo,


sou muito imperfeita,


mas,


nunca nunca nuncaaaaaaaa


viro costas.











fatima




quarta-feira, maio 07, 2008







Ensinaram-me a crer


e eu cri.


(Deus, santos e santinhos.


Alma, espírito e coisas que tais.


.... .... ....)







Depois.


Depois (sem culpas de ninguem)


desaprendi a fé.


E, claro, perdi o encosto que ela é.











Dificil viver assim?


Sim.


Mas também mais bonito.


Porque sem crenças nem fé


resta-nos ....









a Maravilha.
















fatima








domingo, maio 04, 2008

mãe




haverá flores e serão tristes. haverá sol talvez, mas será tão triste.
lágrimas como mãos sobre o rosto. silêncio negro durante a noite.



não mais entrará no quarto antes de eu adormecer. esperarei sempre
por uma história que nunca contará, por uma canção impossível.








não quero imaginar o dia em que a minha mãe morrer. haverá flores
e serão tristes. haverá vida talvez, mas será para sempre tão triste.


Poema de José Luis Peixoto,
em A Casa, a Escuridão