A Dor
A dor não humaniza, não enobrece,
não nos faz melhores nem nos salva,
nada a justifica nem a anula.
A dor não perdoa nem imuniza,
não cria nada e nada a destrói.
A dor existe sempre e sempre volta,
nenhum dos seus actos é o último
mas todos podem ser definitivos.
A dor mais horrível pode sempre
ser ainda mais intensa e ser eterna.
Anda sempre acompanhada pelo medo
os dois se alimentam um ao outro.
A dor não humaniza, não enobrece,
não nos faz melhores nem nos salva,
nada a justifica nem a anula.
A dor não perdoa nem imuniza,
não cria nada e nada a destrói.
A dor existe sempre e sempre volta,
nenhum dos seus actos é o último
mas todos podem ser definitivos.
A dor mais horrível pode sempre
ser ainda mais intensa e ser eterna.
Anda sempre acompanhada pelo medo
os dois se alimentam um ao outro.
*
de Amalia Bautista
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Nota: adoro adoro
toda a poesia de Amalia Bautista!!
3 comentários:
Bandeira Natural Sob os Flashs de (M)Arina
Da lama da alma clamo na alameda dos álamos
A alquimia do olhar aceso à chama que ilumina
Enlevada calma enleia-me quando aludes a lidos
Acordes que acordam laivos de sonho na alegria
Ver-te aqui, entre as flores deste jardim escondido
Algures, lá onde as casas encontram suas portas
Mil, pelo menos, esculpidas como nichos de luz
Socalcos de cores no botaréu da escurecida noite
Amolecida, branda, breve liana de balancé o verbo
Oscila redondo e dito na ditada amálgama do ser
Diluído alento esse de esperar nas frinchas sólidas
Arejadas frestas da solidão onde o pequeno anuro
Desafia o sol sobre a rubra polpa da pétala veludo
Felpudo de ver, imaginar e não profanar ao toque
Como acaso feito símbolo que cresta iludida mente
A alivia do seu intrínseco desterro visceral emotivo
Que motiva quanto prende, e liberta quem entende.
Eis aí o secreto deleite do verde ser sobre a rubra capa
Que onde a esperança alcança o grito nasce outro mapa!
acho que posso falar sobre a dor. conheço-a muito bem. na última década andou de mãos dadas comigo. dor muito forte a insuportável, ao ponto de ficar acamada, de terem que me dar banho, dar de comer. conto isto para te dizer que sim, a dor anda ao lado do medo. e sim, o medo alimenta a dor. desde que decidi curar a dor[sim, decidi... é mesmo uma decisão. basta querer e a coisa acontece], o medo decidiu que não iria desistir assim tão rápido. o medo, às vezes, ganha... mas, na maioria das vezes, ganho eu.
o segredo é matar o medo. e a dor desaparece. acredita. eu sei...
bjinho...
eu sei que há dor que humaniza, e que , mesmo sendo dor, se justifica...
assim pode ser o Amor
beijo de irmã
Kerli
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