Eu nunca fui uma moça bem-comportada.
Pudera, nunca tive vocação para alegria tímida, para paixão sem orgasmos múltiplos ou para o amor mal resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui para que gostem de mim. Estou aqui para aprender a gostar de cada detalhe do que tenho. E para seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até à fractura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas....
Por isso, não me venha com meios termos, com mais ou menos qualquer coisa. Venha a mim com corpo todo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem vida para a gente!
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo da altura, mas não evito os meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou!
(encontrei este texto na net, desconheço o nome da autora, mas revejo-me nele ;) )