Há muito tempo que,
tu e eu,
nao nos encontrámos.
Estou, no entanto,
e constantemente,
a cruzar-me contigo.
Cruzo-me com o teu olhar
nos olhos de outros.
Cruzo-me com o teu andar
nos passos de outros.
Cruzo-me com a tua voz,
com o teu inclinar de cabeça,
com os gestos inquietos de tuas maos...
Cruzo-me tanto contigo
que nao sinto a tua falta
nem tenho saudades tuas!
Pergunto-me o que sinto afinal?
...
Concluo que nem tudo pode,
nem deve,
ter um nome.
fatima
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