quinta-feira, abril 19, 2007

Bom fim de semana.

As partidas são sempre dificeis,
mas as viagens valem sempre!
Mesmo aquelas em que nosso corpo fica...

Eu aproveito a "boleia" e vou de fim de semana!
Beijos para todos,
fatima





quarta-feira, abril 18, 2007

terça-feira, abril 17, 2007

E é assim que eu "ando": sem filosofias, apenas sentidos!!

Tudo que vejo está nítido como um girassol.

Tenho o costume de andar pelas estradas

Olhando para a direita e para a esquerda,

E de vez em quando olhando para trás...

E o que vejo a cada momento

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,

E eu sei dar por isso muito bem...

Sei ter o pasmo comigo

Que teria uma creança se, ao nascer,

Reparasse que nascera deveras...

Sinto-me nascido a cada momento

Para a completa novidade do mundo...



Creio no mundo como num malmequer,

Porque o vejo. Mas não penso nele

Porque pensar é não compreender...

O mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...



Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...

Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe porque ama, nem o que é amar...



Amar é a primeira inocência,

E toda a inocência é não pensar...

Poema de Fernando Pessoa



segunda-feira, abril 16, 2007

boa semana


Quando me recusas um beijo e um abraço

eu sinto-me só,


como nunca antes.







fatima











quinta-feira, abril 12, 2007

...



O amor entrou dentro de mim

por arrombamento, contra a minha vontade.

Sinto-me invadida, devassada, afogada!

Este fedelho julga que pode fazer o que quiser

mas está completamente enganado,

hei-de arranjar maneira de me livrar

desta espécie de anjinho vira-lata,

vou armar especialmente para ele

ratoeiras labirintiformes

com memória circular,

vou faz~e-lo devorar pelo Minotauro,

pedir ajuda aos marcianos verdes,

fazer-me exorcizar pelo abade da esquina

ou pedir um conjuro à feiticeira de serviço,

enfim, qualquer coisa, o que quero sobretudo

é que ele seja esmagado, esfolado, dilacerado,

esquartejado, empalado, apedrejado, suplicciado,

reduzido a pó,

quero que este andrajoso querubim

saia completamente da minha vida e me deixe em paz.

Nunca desconfiarei suficientemente do amor.

Que filho da mãe!

Poema de Isabel Meyrelles

em Poesia

segunda-feira, abril 09, 2007

Boa semana...

E todas as coisas que desejamos tanto tanto tanto
mas
não conseguimos para nós,
mesmo lutando muitoooooooo
por elas,
nós conseguimos alcançar!!!
-- SONHANDO com elas.


Podemos viver a vida em duas dimensões:

A real e quase sempre patética, dorida, frustrante…

E a outra. A que conta mais, se nós deixarmos. A que nós construímos para nosso prazer e nossa alegria, com nossos próprios meios e a partir unicamente de nossa matéria-prima…


Tentem
e
fiquem felizes.
fatima






(The Corrs,

All i have to do is dream)

sábado, abril 07, 2007

Páscoa.



Da Páscoa, gosto das amêndoas....
De Jesus, contaram-me mas eu não creio...
A vós, eu não sei o que dizer.
Afinal, a única coisa que hoje eu sei,
é :
-- a nós, salva-nos o AMOR!


Desejo uma Páscoa Feliz a todos (nós)!!
:)

fatima

quinta-feira, abril 05, 2007

...





Gosto do mar desesperado

a bramir e a lutar

E gosto de um barco ainda mais ousado

Sobre esta rebeldia a navegar.






Poema de Miguel Torga

terça-feira, abril 03, 2007

e volto ao tema mais interessante e importante ( e dificil...) de todos: Amor

Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo,
tu és o meu relógio de vento,
a minha máquina aceleradora de sangue,
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato do telhado?

Poema de Isabel Meyrelles
em Poesia







segunda-feira, abril 02, 2007

filhos


Mulher, como te chamas? - Não sei.


Quando nasceste, tua origem? - Não sei.


Por que cavaste um buraco na terra? - Não sei.


Há quanto tempo estás aqui escondida? - Não sei.


Por que mordeste o meu anular? - Não sei.


Sabes, não te faremos mal nenhum. - Não sei.


De que lado estás? - Não sei.


É tempo de guerra, tens de escolher. - Não sei.


Existe ainda a tua aldeia? - Não sei.


E estas criancas, são tuas? - Sim.





Poema de WISLAWA SZYMBORSKA

Boa semana!!


Sei que é difícil,
mas vale sempre a pena
tentar um sorrisooooooo!!

(Nem que seja à custa do (nosso) buraco do ozono...)
fatima