Onde nenhum mar se move, as águas do coração
Impelem suas marés;
....
A aurora emerge atrás dos olhos;
Dos pólos do crânio e dos dedos dos pés, o sangue tempestuoso
Desliza como as ondas do mar;
Sem arrimo ou amurra, os poços do céu
Jorram até ás bordas,
Prenunciando num sorriso o óleo das lágrimas.
A luz aflora em lugares recônditos.
Nos píncaros do pensamento onde seu aroma flutua sob a chuva;
Quando a lógica se extingue,
E o sangue salta sobre o sol,
A aurora se detém sobre os campos desolados.
*
de Dylan Thomas
1 comentário:
Adorei a imagem!
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