terça-feira, abril 12, 2016


Há muito tempo que,
tu e eu,
nao nos encontrámos.

Estou, no entanto,
e constantemente,
a cruzar-me contigo.

Cruzo-me com o teu olhar
nos olhos de outros.
Cruzo-me com o teu andar
nos passos de outros.

Cruzo-me com a tua voz, 
com o teu inclinar de cabeça, 
com os gestos inquietos de tuas maos...

Cruzo-me tanto contigo
que nao sinto a tua falta
nem tenho saudades tuas!

Pergunto-me o que sinto afinal?

...

Concluo que nem tudo pode,
nem deve,
ter um nome.

fatima