quarta-feira, janeiro 31, 2007

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Com talento ordinário e perseverância extraordinária, todas as coisas são possiveis.

De Thomas Foxwell Buxton

terça-feira, janeiro 30, 2007

segunda-feira, janeiro 29, 2007

29 de Janeiro

Ah, ter a evidência ácida do milagre do que sou, de como infinitamente é necessário que eu esteja vivo, e ver depois, em fulgor, que tenho de morrer. A minha presença de mim a mim próprio e a tudo o que me cerca é de dentro de mim que a sei – não do olhar dos outros.

Os astros, a Terra, esta sala, são uma realidade, existem, mas é através de mim que se instalam em vida: a minha morte é o nada de tudo.

Como é possível? Conheço-me o deus que recriou o mundo, o transformou, mora-me a infinidade de quantos sonhos, ideias, memórias, realizei em mim um prodígio de invenções, descobertas que só eu sei, recriei à minha imagem tanta coisa bela e inverosímil. E este mundo complexo, amealhado com suor, com o sangue que me aquece, um dia, um dia – eu o sei até à vertigem – será o nada absoluto dos astros mortos, do silêncio.
Mas tudo isto é quase falso, é quase estúpido só de estar a pensá-lo, a dizê-lo, porque a sua evidência é um milagre instantâneo.

De Vergilío Ferreira em Aparição

Hoje faço 36 anos.
Não me apetecem balanços.
Tudo o que eu sei hoje, amanhã duvido.
Não me apetecem também recordações, porque de nada nem ninguém eu sinto saudades:
- as minhas pessoas ... estão aqui todas comigo. Para mim, e eu para elas.
- tudo o que eu vivi, não sinto vontade de reviver. Muito honestamente.
Por essa razão, não ficaram as saudades.
Bem, poderá haver outra explicação:
- sou demasiado intensa.
Por isso todas minhas energias estão ser usadas no instante presente
a viver o que tem que ser.
("O meu caminho é cada manhã")
Não sobram energias para relembrar o passado nem para projectar o futuro.
A minha única certeza é a minha própria existência, e que é através dela que tudo o resto existe.
E é assim com todos vocês também, claro.
;)

Beijos, para todos
fatima

sábado, janeiro 27, 2007

Fim de semana e....





Fim de semana e:









Apetece descansar.

Apetece calor e conforto.

Apetecem sabores doces.

Apetece a evasão.












Apetece inventar novas formas de estar bem!!












Hummmm.....









Bom fim de semana, para todos (nós)!!










fatima

quinta-feira, janeiro 25, 2007

...







Os lugares da cama


























Adormecemos juntos acordamos
apartados
disputámos o lençol como
quem puxa a razão para si
a
quantos beijos estamos hoje: de distância?
(.....)








Poema de João Luís Barreto Guimarães

em Anos 90 e Agora


quarta-feira, janeiro 24, 2007

"Ups! Desculpa-me, sim?"

“As desculpas não se pedem, evitam-se.”

Pois, pois, pois.


Esta é daquelas frases mais que batidas e estafadas por todos nós.


Emendo: por (quase) todos vós!


Sim!, porque de mim, muito dificilmente a ouvirão.


De mim, ouvem frequentemente o fatal:


- desculpa-me.


Nas situações mais melindrosas :


- desculpas-me??

E, claro, estou sempre convicta que sim, vou ser perdoada.


E não apenas por convencimento ou arrogância, meus.


A principal razão é aquele velho e tão nosso conhecido hábito de julgarmos os outros à “nossa imagem e semelhança”.



E eu, desde sempre que pratico essa tão nobre arte do: perdoar.


( aqui um parêntesis para enfatizar que aqui falei meio a brincar: nobre arte…)


Quando alguém se comporta menos bem comigo eu fico completamente furibunda!!


E logo de imediato, não consigo calar e, ralho, ralho, ralho ( aqui não utilizei o termo discutir pq geralmente deixam-me a falar sozinha e para acontecer uma discussão são precisos dois intervenientes).


Entretanto sou capaz até de falar um pouco alto demais (ok, ok: gritar), de bater com as portas (esta parte acontecia mais em casa de meu pai) e de deitar umas coisitas ao chão….



……
(uns minutitos, ou horas, ou no máximo uns dias)
…..


E passou-meeeeeeeeee.


Quero dizer: passou de facto, a fúria e a mágoa.


E mais tarde até é provável que esqueça mesmo (questão de sobrevivência, saúde mental, memória caprichosa, sei lá).



Dito isto, importa acrescentar o mais importante:



- Não tenho paciência nenhuma para os rancorosos, orgulhosos e perfeitinhos , desta vida!!!


Todos sem excepção falhamos! Falhamos connosco e com os outros.


Não vou aqui desfilar todos os erros mais frequentemente por nós cometidos mas se os designamos por erros é porque são atitudes nossas que magoaram ou prejudicaram alguém.


Ok, ok, há actos imperdoáveis.


E eu não discuto o que é perdoável para uns e outros.


Apenas afirmo e reafirmo: aquilo que eu perdoo a todos e mais alguém, perdoo a mim própria quando acontece eu fazer o mesmo….



Fiquem bem (e tentem felizes),


fatima

?



Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?

Poema de Cecilia Meireles

terça-feira, janeiro 23, 2007

..


Importa que não haja ilusões sobre este ponto: é
que todos podemos morrer de sede em pleno mar.

De João Miguel Fernandes Jorge

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Boa semana!!

A pé e alegremente tomo a estrada larga,
São, livre, com o mundo por diante,
o longo caminho diante de mim levando-me aonde quiser.
Não peço boa sorte, eu próprio sou a boa sorte,
Não há mais lamentos, mais demoras, não preciso de nada,
Basta de queixas entre paredes, bibliotecas, polémicas,
Forte e contente tomo a estrada larga.

Poema de Walt Whitman

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Bom fim de semanaaaaaaaaaaaaaaa!

Este blog tende
demasiadas vezes para a tristeza e a melancolia!

Mesmo "vestido" de verde,
mesmo rabiscado por letras rosa,
mesmo muito cheio de cores luminosas e vivas,
mesmo assim!!,
segue fiel a mim:
tristonho,
muitas
demasiadas
vezes!!!

Mas nem eu nem meu blog somos só isso!
E por isso,
acabo esta semana com uma imagem mais bonita do que triste!
A cor é preta,
mas a flor está lá.
E outras coisas mais bonitas ainda do que a flor estão lá também.
Claro, só as vê quem quer.
Ou quem as procura.
Ou quem tem tempo para pestar atençao...

Beijos e sorrisos meus, para todosssssssss!!
fatima




quinta-feira, janeiro 18, 2007

:)


Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?

Eis a grande raiva!
Misturem-na com rosas
e chamem-lhe vida.


Poema de José Gomes Ferreira

hope/pride



Esperança/Orgulho















Os teólogos há muito o notaram: a esperança é o fruto da paciência.
Deveríamos acrescentar: e da modéstia.
O orgulhoso não tem tempo de esperar...
Sem querer nem poder estar à espera, força os acontecimentos, como força a sua natureza; amargo, corrompido, quando esgota as suas revoltas, abdica: para ele, não há qualquer forma intermédia.
É inegável que é lúcido; mas não esqueçamos que a lucidez é própria daqueles que, por incapacidade de amar, se dessolidarizam tanto dos outros como de si próprios.








De Emil Cioran, em 'A Tentação de Existir'

quarta-feira, janeiro 17, 2007

E, tenham um muito bom dia!!

Iguais


Ninguém é menos

Ninguém é mais

Todos diferen
tes

Todos iguais.




De Narciso Ferreira, em Casa da Poesia

terça-feira, janeiro 16, 2007

???


"Abraças-me,
sempre, sempre?
Mesmo quando eu estou espinhosa
e viro cacto???"

...

Ás vezes consigo
esvaziar:
-- dos problemas e das dores

Olho em redor
e
presto mais atenção:

-- ainda há flores lindas e músicas tão bonitas,
afinal!!




:)

fatima

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Boa semana!!!







Tudo o que existe tem: principio, meio, e fim.

Mesmo as coisas mais belas. Até as mais importantes....

A eternidade não acontece e, o infinito não existe.

Desfrutemos portanto, aquilo que é e está, enquanto somos!

fatima






sexta-feira, janeiro 12, 2007

Bom fim de semana!!

O segredo da felicidade está na liberdade; o segredo da liberdade está na coragem.

De: Péricles

Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo.

De: Mark Twain





quarta-feira, janeiro 10, 2007

... hummmmmm







Conta-me outra vez





Conta-me outra vez, é tão bonita

que não me canso nunca de a ouvir.

Repete-me de novo, os dois da história

foram felizes até à morte,

ela não foi infiel, ele nem

se lembrou de a enganar. E não te esqueças,

apesar do tempo e dos problemas,

continuavam a beijar-se cada noite.

Conta-me mil vezes, por favor:

é a história mais linda que conheço.






Poema de Amalia Bautista







quinta-feira, janeiro 04, 2007

vou ali e já volto...

Li algures, acho que até na blogosfera, qq coisa do género:
- olha em teu redor, e se não vires a manada é pq estás no meio dela.
Eu hoje deu-me para parar, e olhar. E me olhar.
E não gostei.
Estou quase quase "ovelhinha" eu tb???

....

Vou bazar uns dias, por isso.
Me ausentar dos circuitos habituais...
Me abstrair dos meus pensamentos mais recorrentes...
Me desligar das rotinas do costume...
Vou principalmente me perder um pouco para em seguida me reencontrar de novo.
Porque os reencontros,
são necessários
(e sabem tão bemmmmmm).

Beijos meus, para todos vós.

fatima

smileeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Música:







Rochester`s Farewell,

de Michael Nyman.

Da banda sonora de O libertino

...



e eu queria ser

maior e mais forte

e ir além do vento Norte









e ser melhor

e fazer mais

ir mais longe

largar do cais




















descobrir lugares

conhecer gentes

corpos parecidos

olhares diferentes




















inventar palavras

para dizer coisas

que todos sentimos

mas ninguem ousa




















eu nao quero ser grande:

- apenas maior

eu nao quero ser forte:

- apenas ser capaz









fatima








Nota:
Não rima??
Paciencia:
- é um poema meu e eu tb não "rimo" ...
:)

Etienne Daho, Retour à toi



Ennemi de soi-même, comment aimer les autres ?

Etranger à soi-même, étranger pour les autres

Qui réduit le silence, le fracas de l’enfance

Et avance masqué, en attendant sa chance

Mais sous les apparences, le prix du vêtement

Personne ne voit les plaies et le sang

De celui qui survit

Et quand demain se lèvera, je serai libre, retour à toi

Et quand demain se lèvera, je serai libre retour à moi

Si l’amour me couronne, et s’il me crucifie

Elève mes pensées dans un hymne à la vie

Et que monte très haut la flamme des bougies

Quel que soit le drapeau ou le dieu que l’on prie

Et sous les apparences, vulnérable et changeant

Personne ne lèche les plaies et le sang

de celui qui survit

Et quand demain se lèvera, je serai libre, retour à toi

Et quand demain se lèvera, je serai libre retour à moi

Et quand demain se lèvera, je serai libre et près de toi

terça-feira, janeiro 02, 2007

Bom 2007!

Parar ("sentar") para apreciar, gozar, curtir, apreender e guardar connosco:

- o que achamos de belo
- o que nos proporciona prazer
- o que nos enche de alegria
- o que nos comove de felicidade!

É o que eu mais quero neste ano que agora começou,
para mim e para todos.

Com um beijo,
fatima