quinta-feira, setembro 29, 2011

.....

Nostalgia do Presente

Naquele preciso momento o homem disse:

«O que eu daria pela felicidade

de estar ao teu lado na Islândia

sob o grande dia imóvel

e de repartir o agora

como se reparte a música

ou o sabor de um fruto.»

Naquele preciso momento

o homem estava junto dela na Islândia.

de Jorge Luís Borges

quarta-feira, setembro 28, 2011

um poema e uma flor, para todos os meus visitantes, até para os que não me entendem...


Como podemos nos entender (...),
se nas palavras que digo coloco
o sentido e o valor das coisas
como se encontram dentro de mim;
enquanto quem as escuta
inevitavelmente as assume
com o sentido e o valor
que têm para si, do mundo que tem dentro de si?

de Luigi Pirandello

terça-feira, setembro 27, 2011

;)))

de onde eu vim, ja conheço
para cima, já olhei, mas... nao sei voar
para baixo, posso tentar mas ainda "me parto toda"
melhor mesmo, é continuar em frente...

;)
fatima

segunda-feira, setembro 26, 2011

Boa semana!!!


Poesia serve exatamente para a mesma coisa que serve uma vaca no meio da calçada de uma agitada metrópole.
Para alterar o curso do seu andar, para interromper um hábito, para evitar repetições, para provocar um estranhamento, para alegrar o seu dia, para fazê-lo pensar, para resgatá-lo do inferno que é viver todo santo dia sem nenhum assombro, sem nenhum encantamento.


de Martha Medeiros

sexta-feira, setembro 23, 2011

be different...



Na Austrália, a partir do dia 15 deste mês, nos documentos de viagem as pessoas têm 3 opções de género: feminino, masculino e indefinido.
Transexuais e pessoas de sexualidade ambígua podem optar por o "X", correspondente ao género indefinido. Uma opção que terá que ser justificada através de relatórios médicos.

Eu já sabia da noticia mas fui lê-la com mais atenção nos jornais online e saber dos comentários dos leitores.

Enfim, fiquei sem palavras. Mais uma vez constatei que a grande grande maioria ainda tem um cérebro cuja evolução está anos-luz do bom senso, da compreensão, da aceitação, da generosidade etc etc etc.
Tenho mt mt pena de dizer isto, mas hoje sinto que vivo rodeada de pessoas maioritariamente mesquinhas, limitadas e tb mázinhas...

Por mim, eu aceito a diferença e não só aceito como a acho uma mais valia pq enriquece, diversifica, embeleza, etc etc o mundo onde eu tb tenho um pequenino espaço e onde não me sinto melhor ou superior ou com mais direitos do que qq outro ser vivo!

Eu luto por um mundo de mais igualdade para a Diferença.


fatimA

quinta-feira, setembro 22, 2011

love love love love, it:


E assim passamos a tarde
conversando coisas banais
da superfície do mundo.

E estamos cheios de mistérios
que não comunicamos...

E assim morremos, decerto.
E não dais por isso.


Poema de Cecília Meireles

quarta-feira, setembro 21, 2011

:))) Obrigada...

Somos uma difícil unidade
de muitos instantes mínimos
--isso seria eu.

Mil fragmentos somos, em jogo misterioso,
aproximamo-nos e afastamo-nos, eternamente
--como me poderão encontrar?

Novos e antigos todos os dias,
tranparentes e opacos, segundo o giro da luz
--nós mesmos nos procuramos.

E por entre as circunstâncias fluímos,
leves e livres como a cascata pelas pedras
--que metal nos poderia prender?



cont do poema do post anterior de Cecilia Meirelees
pintura de Mark Rothko




terça-feira, setembro 20, 2011

.....


Escreverás o meu nome com todas as letras

Com todas as datas, e não serei eu

Repetirás o que me ouviste, o que leste de mim

E mostraras meu retrato, e nada disso serei eu

Dirás coisas imaginárias, invenções subtis

Engenhosas teorias, e continuarei ausente.

Somos uma difícil unidade

De muitos instantes mínimos, isso serei eu!



de Cecília Meireles

segunda-feira, setembro 19, 2011

domingo, setembro 18, 2011

(meu) Domingo


Hoje vi o ultimo filme de Woddy Allen, Meia noite em Paris.
E, por acaso,
tb hoje, ao olhar a montra de jornais revistas e aqueles livros best seller que costumamos encontrar nas áreas de serviço (e que, penso eu, são maioritariamente vendidos para presentes esquecidos ou de ocasião) reparei num titulo que se calhar até li na diagonal, ou seja, sem que meus olhos sequer parassem na capa do livro, e que é este: Quando estás triste, sonha.
Desde que me conheço que é o que eu faço:
qd estou triste,sonho.
Às vezes, naqueles
questionários tontos, qd nos perguntam coisas que gostamos de fazer, uma das minhas primeiras respostas é: deitar na cama, ficar quietinha a pensar em coisas boas.
Até hoje, nos meus 40 anos,
qd estou tão infeliz que nada nem ninguém me consegue animar, eu deito na cama ou no sofá ou sento em um lugar confortável, e alieno-me do mundo real e entro num mundo só meu.
E penso coisas
agradáveis, invento lugares bonitos por onde ando a passear, imagino que estou a trabalhar em algo que gosto mt mt e tudo está a correr mt bem, imagino-me numa loja de vestidos e saias as flores lindos de morrer e que posso experimentar todos e levar os que quiser para casa, imagino que vivo numa quinta onde tenho todos aqueles animais que eu adoro tanto, mas nenhum deve fazer cócó nem xixi pq nunca cheira mal e eu nunca sujo os sapatos de m..., bem, não vou aqui descrever todos meus devaneios, até pq alguns nem podia/devia ;)
E pronto, acabei
tb de descrever o que eu apreendi do filme de Woody Allen!!!
Qd
não somos felizes, sonhamos, desejamos algo que não está ao nosso alcance. Ou está sim...mas na nossa mente.
E, se calhar, sonhar, afinal não é a melhor forma de combater a nossa tristeza/infelicidade!

O melhor mesmo será vivermos as coisas que estão ao nosso dispor mas que não costumamos valorizar. Não sei, talvez seja melhor começar a dar importância a essas coisas banais e tentar ser feliz com elas. Exemplos?
-Um passeio à chuva na noite linda de Paris.
-Um café amanha de manhã, com as minhas amigas de sempre, contar nossos
fds e rirmos umas com as outras....

fatima

sábado, setembro 17, 2011

Música, The Gift, Truth



How could you hurt me like this?
How could you fear me like this?
I know that all the words are just words
I think that you don't know what it means
I think that it might be true
I think I've been a fool
Oh, don't you think?
All I've done now, all I've said
All I've read, it was for real
It was for real
But I know that
That dreams are just dreams
And I know that