quinta-feira, janeiro 29, 2009

Hoje faço 38 anos e tive o dia de aniversário mais feliz que me lembro. Obrigada!, mae pai filha companheiro manas sobrinhas e sobrinhos e cunhados e


"És tão chata, passei por aqui só para ver se tinhas oficializado perante os teus amigos que hoje (29 jan), é o teu aniversário e...nada.
Bem dou-te o benificio da dúvida e digo que foi por falta de tempo.
Mas é assim, hoje fazes anos e eu preciso de te dar os parabens aqui - também.
Não me esqueci de ti, pelo contrário passei o dia a pensar em ti (és mm chata), e cheguei á conclusão de que estás cada vez mais velha e mais jeitosa, por isso continua, não te esqueças de aniversariar nos próximos...50 anos porque ainda tens mt que apreender.
Sê feliz (Deus sabe que mereces) e vai dizendo qq coisa qd te apetecer.

JINHOS SUPER ESPECIAIS P TI SUPER ESPECIAL DA TUA IRMÃ - KERLI."

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Hoje sou tão feliz, contente e pateta que nao sei o que postar aqui e por isso,
(-desculpa-me Kerli),
transcrevi o comentário que minha irmão me fez no post abaixo.
Um beijo e um sorriso (de rosto inteiro, não apenas de lábios...),
para todos vós!

fatima


terça-feira, janeiro 27, 2009

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Amar uma pedra, um cão, uma osga, uma barata.


Amar uma pessoa que não gosta de nós.


Amar uma pessoa de quem não gostamos.


O amor é mais difícil que a mecânica quântica.


Fernando Pessoa, num poema em que caridade rima


com electricidade, diz que não tem caridade.







Às vezes, aquilo a que chamamos amor não é amor:


- é exigir amor em troca


- é dar para que dês






Amar alguém é confiar nessa pessoa, não estar de pé atrás, acreditar nessa pessoa.


Gostamos pouco uns dos outros, disse Tonino Guerra.


Querer amar e ser amado, dizia Jorge Luis Borges, é muito ambicioso, não é humilde.


Acho que devemos pedir só para amar.


É fácil amar quando a vida nos corre bem.


Quando a vida nos corre mal, insultamos o mundo e, às vezes, insultamos Deus.


Acreditar então nas coisas mais queridas, mais pequeninas:


- as medalhinhas do nosso Baptismo, que entretanto foram roubadas, se perderam.


- a imagem de Nossa Senhora de Fátima comprada na loja dos 300.


- dois versos de uma oração de que esquecemos o resto.







Às vezes, a vida corre-nos muito bem e esquecemo-nos da compaixão. A compaixão é o amor. Só a compaixão salva. Só a compaixão é eterna.


O sofrimento nem sempre se vê. E o sucesso, como o desespero, pode cegar.









Às vezes, temos grandes amigos e não sabemos. A padeira do nosso bairro, o vizinho do nosso prédio. Anos e anos a dizer:”Bom-dia! Boa-tarde!, mais nada, e essas palavras bastaram.








O amor nem precisa de palavras. Mas as palavras sabem bem.







de Adília Lopes

segunda-feira, janeiro 26, 2009

sábado, janeiro 24, 2009

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O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tampouco lhe é adverso:
é-lhe indiferente.











de Carl Sagan


terça-feira, janeiro 20, 2009

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Palavras, são faceis.






Por serem fáceis enchemo-nos delas, envolvemo-nos com elas, rodeamo-nos por elas…





E usamos as palavras para nos mostrarmos aos outros: escolhemos quase sempre as mais bonitas quase como escolhemos a camisola que gostamos mais e que, pensamos, nos fica melhor.


Usar as palavras é na verdade fácil demais.


Por isso são demasiadas as vezes em que abusamos delas.


Falamos coisas tão certas e tão agradáveis, escrevemos outras tão, mas tão bonitas, que quase que nos embriagam e, ate deixamos que preencham vazios que existem em nós…





O que eu sei é que existe muito para além das palavras que lemos e escutamos.


E existe de tudo!


É preciso estarmos muito muito atentos:

Há quem não tenha palavras bonitas para nos dizer e no entanto faça coisas magnificas para e por, nós.

E há quem nos envolva de palavras doces mas que nada mais tem para nos dar.


São importantes as palavras, mas não tão importantes quanto os gestos!





Estou a escrever estas linhas e a pensar em mim própria, afinal.

Porque são tantas as vezes que elaboro pensamentos bonitos e acertados que depois não consigo concretizar.

Pior, algumas vezes minhas atitudes são exactamente o oposto das minhas palavras.

E não eram palavras mentirosas!, eram sim, palavras fáceis demais!!


Podemos registar para o futuro palavras bonitas, isso é fácil.

Difícil é embelezar o momento presente, o nosso e o das pessoas que o estão a partilhar connosco…


Sempre quis, ou desejei, saber escrever bem e bonito. Apenas porque ler é dos meus maiores prazeres, penso. Mas hoje esse já não é um anseio meu.

Agora apenas resta em mim o desejo de ser melhor e, fazer mais e melhor, por mim e por tudo o que, como eu, hoje aqui e agora!, vive, respira, sente….


Espero conseguir. O resto, inclusive este blog, são futilidades dispensáveis para onde canalizarei apenas o que sobrarem de minhas energias.



Espero que desta, não sejam apenas mais palavras minhas!

:-)





fatima



sexta-feira, janeiro 16, 2009

!


Como é por dentro outra pessoa

Quem é que o saberá sonhar?


A alma de outrem é outro universo


Com que não há comunicação possível,


Com que não há verdadeiro entendimento.





Nada sabemos da alma


Senão da nossa;


As dos outros são olhares,


São gestos, são palavras,


Com a suposição de qualquer semelhança


No fundo.





Poema de Fernando Pessoa

quinta-feira, janeiro 15, 2009

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Apanhei o cabelo





Apanhei o cabelo

em rabo de cavalo

agora a minha solidão

vê-se melhor


vê-se tão bem

como a minha face







E a minha face

é desassombrada

as sombras

não são minhas.







Poema de Adília Lopes
em Obra





Nota 1: este poema fez-me relembrar a mim, num tempo em que a minha cara era essa, a da foto. Hoje, felizmente!!, não é! Mas sei que nada é definitivo, por isso relembro tanto, para não esquecer que amanhã tudo é possível...



Nota 2: ando MARAVILHADA com a poesia de Adília Lopes, estes dias.

fatima








terça-feira, janeiro 06, 2009

:-)

Uma das vantagens de sermos desorganizados é que estamos constantemente a fazer descobertas emocionantes.



de A. A. Milne

domingo, janeiro 04, 2009

Bom ano novo!!!


Cortar o tempo





Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,

a que se deu o nome de ano,

foi um indivíduo genial.





Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.






Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar

que daqui pra diante vai ser diferente.





Poema de Carlos Drummond de Andrade