quarta-feira, julho 12, 2006

(este post não tem imagem porque aqui só
"caberia" uma foto do meu amor:
a minha filha querida,
querida, querida,
QUERIDA!!!)
..............

SILOGISMOS
A minha filha perguntou-me
o que era para a vida inteira
e eu disse-lhe que era para sempre.
Naturalmente, menti,
mas também os conceitos de infinito
são diferentes: é que ela perguntou depois
o que era para sempre
e eu não podia falar-lhe em universos
paralelos, em conjunções e disjunções
de espaço e tempo,nem sequer em morte.
A vida inteira é até morrer,
mas eu sabia ser inevitável a questão
seguinte: o que é morrer?
Por isso respondi que para sempre
era assim largo, abri muito os braços,
distraí-a com o jogo que ficara a meio.
(No fim do jogo todo,
disse-me que amanhã
queria estar comigo para a vida inteira)
Poema de, Ana Luísa Amaral
em, Poesia dos anos 90 e Agora

12 comentários:

vinte e dois disse...

Lindíssimo este poema. Fez-me lembrar aquela fase em que o meu filho fazia perguntas às quais era muito complicado responder... é que cada resposta dava origem a uma outra pergunta :)

Klatuu o embuçado disse...

Just me... um gajo ordinário! JAJAJAJA!!! :)=

kinha disse...

Bjinho a correr,

Carla disse...

As crianças são, sem dúvida, o melhor do mundo! E na sua descoberta pela vida confrontam-nos com as suas questões que muitas das vezes não sabemos como responder. Mas é normal =)

Adorei o poema!

Jinhos para si e para a sua filhota***

Anónimo disse...

Ái as perguntas dos miúdos...
ÀS VEZES É TERRÍVEL A CAPACIDADE QUE TÊM EM QUESTIONAR.
Bom e aqueles abraços que recebemos bem fortes e cheios de carinho, aquela pelezinha fofinha que só apetece morder. NÃO HÁ NADA MELHOR NA VIDA.É PURA FELICIDADE.
Se alguém por aí não tiver filhos, vá já para casa tratar disso.
S PÓ.

Miguel Baganha disse...

Não considero que tenhas mentido... ás vezes uma meia-verdade é conveniente... gostei da tua pedagogia.

Bom pra tua filha, ter uma mãe assim...

Uma " vida inteira " de felicidades para as duas...

:-)

Barão da Tróia II disse...

Lindo.

Cecilia M disse...

sem exactamente o que isso é... e ser mâe fez-me olhar para as coisas, para a vida com outro olhar! É dificil responder as perguntas que nos fazem...

ruth ministro disse...

O amor de uma criança derrete-nos sempre o coração... adorei o poema.

Beijinhos para ti.

ruth ministro disse...
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Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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