terça-feira, julho 18, 2006

Post para todos os pais, em especial, para um super apaixonado que eu conheço ;-)


Depois, uma mulher que trazia ao colo uma criança, disse: Fala-nos das crianças.
E ele respondeu:
Os vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e filhas da nostalgia da vida por si mesma.
Eles vêm por meio de vós mas não de vós, e, apesar de estarem convosco, não vos pertencem.

Podeis dar-lhes o vosso amor, mas não as vossas ideias, pois eles possuem as suas próprias ideias.

Podeis abrigar os seus corpos mas não as suas almas, pois as suas almas habitam nas moradas do amanhã que nem nos vossos sonhos podeis visitar.~

Podeis esforçar-vos para vos tornardes como eles, mas não procureis torná-los como vós. Pois a vida não vive no passado nem no ontem se detém.

Vós sois os arcos de onde, como flechas vivas, os vossos filhos serão lançados.

O arqueiro vê a presa no percurso do infinito e dispara com toda a força para que as suas flechas partam ligeiras e cheguem longe.

Que a vossa inflexão na mão do arqueiro se destine à alegria; pois tal como ele ama a flecha que voa, também ama o arco que é estável.

de, Kahlil Gibran

em, O Profeta

5 comentários:

vinte e dois disse...

Uma coisa é certa e eu concordo. os pais não podem tentar moldar os filhos conforme lhes apetece. Devem sim mostrar-lhes caminhos e a melhor forma de caminhar..

ruth ministro disse...

Um texto muito verdadeiro. Eu como psicóloga, não diria melhor :) Beijos.

Anónimo disse...

O artista lança a obra e espera que esta ganhe vida propria e por aqules que os vêm , lêm ou escutam!
Parabens! Tomás-te um texto que não te pertence e fizeste-o TEU!com a força e sensibilidade com que o escolhes-te o moldas-te e sobretudo pela forma com que o vives e sentes!!!
Obrigado por o partilhares!!!!!!!!

~Hoje sou eu que te amando um doce e sentido beijo

Paulo Santos
www.interiornorte.blogspot.com

Luiz Carlos Reis disse...

Sempre procurei seguir os passos que meus pais ensinaram-me, mas em certas alturas do caminho as diretrizes são mudadas...novas estradas se abrem, uma curva aquí...outra alí...Como pai, me sinto grato por tudo, pois entendo, também, que nossos filhos são como navios mercantes ancorados no Porto, para abastecimento, no aguardo da partida para outros e novos horizontes. E quantos horizontes despntam na imensidão do mar oceano...
Belo texto! Abraços paternos!

Jorge Ortolá disse...

Olá,

Depois de ler este texto, verifiquei, enquanto pai, que é mesmo assim que a visa se passa.

No entanto, existem arqueiros que tentam vergar as suas lanças, afim de as fazer percorrer o caminho por eles desejado.

muitas são as vezes em que acabam por as perder no meio da "selva" social.

Beijos e continua.

Foi a minha primeira visita mas vou voltar e adicionar um link no meu espaço.