sábado, março 22, 2008

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Poema de Eugénio de Andrade

1 comentário:

Claudia disse...

Obrigada pela visita. Será desnecessário dizer o quanto gosto deste poema, deste poeta de eleição!

Beijos