sexta-feira, junho 27, 2008

(oh...Me... Me... Land on Me )

Passa-me a tua mão pelo meu cabelo.

Põe nela a alma toda de uma vez

e murmura amor, para eu te ouvir,

a música toda das mãos e do sentir.

Passa-me a tua boca pelo meu corpo

e voga sobre as ondas do futuro --

Espelho claro e fundo do oceano,

da vida que se perde e vai recuperando.

Passa-me a tua vida pela minha

enquanto passa a caravana já dispersa

dos sonhos que fizemos noutro tempo

de esperança e de ilusão e de cantigas,

de passeios pelos campos e as praias

em buscas de conchas e de espigas.

Poema de Myriam Jubilot de Carvalho

em E no fim era a poesia


Sem comentários: