quarta-feira, junho 30, 2010

Ei, não se zanguem, estou sóóóó a brincar!!!

"Deus teve uma ideia!,
-- e criou o homem.
A seguir teve uma ideia melhor....,
-- e criou a MULHER!!!!"

:)))))))


4 comentários:

Joaquim Maria Castanho disse...

E ela encontrou algo que fazer... Arrumar os livros!

Décimo Sétimo Cálice


Sobre o azul das cadeiras
Um ágil miosótis saltita
Alinha livros, limpa prateleiras
Cujos meneios são mil maneiras
De pôr o pó fora dessa palafita.

Aldeia dos lótus em flor
Siando à tona do olhar
Brancos, porém criando vida e cor
No horizonte desse teimoso leitor
Que decifra sentidos no imaginar.

Repõe a ordem nos fugitivos
Expulsa os intrusos do lugar
E se alguns são mais activos
Dá-lhes refrega e põe-nos cativos
Ordenando-lhes a onde ficar.


É autoritária esta serviçal
Dominadora perante residentes
Exigindo aos súbditos renitentes
Que assumam a sua posição real
Na estante, antes que lhe suceda mal.

E eles, livros perdidos, em jeito cru
Submissos, intérpretes do conhecimento
Acatam a catalogação em CDU
Como soldados em missão na ONU
Ou em serviço maior do seu regimento...


Tu prà'qui, tu prà'li, em fila, marchando
Pondo acerto no passo e tino nas maneiras
Que aqui, ao alto subida nestas cadeiras
Não há outras leis nem demais fronteiras
Pois que aqui, sou eu quem mais mando.

E perante essa razão incontornável
Sobre aqueles na reticência activos
Eis que Arina, o Sol da tarde perscrutável
Assume por momentos
As semelhanças e movimentos
De uma arrumadora de livros!

Joaquim Maria Castanho disse...

Décimo Oitavo Cálice

Quando até a literatura é estrangeira
Na regra dos noves fora mais antiga
É condição redobrada ser a primeira
A contar de quanto trauteio a cantiga
De ficar absorto a soletrá-la pertinaz
Já que o corpo por repouso tudo aceita
Incluindo ler, que só à mente deleita,
Seja a tarde longa e calma ou fugaz
Que sempre voará se no fazer apraz.

Medido o tempo por esta clepsidra
Onde cada segundo é uma frase lida
A pingar da pipeta do entendimento
Tece enredos quem só decepa a Hidra
Lhe sega as cabeças do medo à vida
Tira à serpente gigante o tormento
E lhe dá em troca o jeito sagaz melado
De um S com asas dito voo soletrado
E no sibilo de uma língua enrolado.

A primeira letra de um nome, portanto
Só anda repetido adiante, se avança
Revestido na aliança serena do canto
Em que o compasso é passo e balança
Braço dado fazendo do par a esperança
Deste Alentejo como um lamento cantado
Na sesta amena ao ritmo arado do beijo
Que é outro tanto do canto do S no desejo.

Boca a desenrolar-se é só mandorla da fé
Num zero que a cabala indica, mas que é
O seixo do ábaco se a unidade multiplica
Por dez, por cem, por mil e até o infinito
Estica, dando ao ver o que só se acredita
Existir, sendo esse anel o aro de espírito
Suficiente à matéria como forma de lente
Prà visão num oito alcançar o ponto fito
Que nunca é visto só pelo olhar da gente.

Quem já viu longe e para lá do horizonte
Que a eternidade tem por coisa tão certa
Como uma árvore, colina, rio, ou monte
Habitado por família unida, sã e desperta?
Então, esse sabe até reconhecer a aresta
Que há no distante Sol cuja seta acerta
Raio de alerta e sobre a alma o rio apresta
Ao tempo contínuo, sem fim, sólida ponte!

mixtu disse...

e depois ainda melhor...

as crianças

abrazo serrano

Anónimo disse...

claro!!! esta era de caras.
beijos meus para ti
kerli