segunda-feira, agosto 07, 2006


Os segundos passam rápido e multiplicam-se tão fácil.

E transformam-se em minutos que, serão as horas e os dias que nós deixarmos.

E, temos tanto que fazer e dispersamo-nos em tanta coisa que, nesses segundos horas e dias instala-se o vazio.

E, é assim que as distâncias acontecem.

E, é assim que os fossos entre nós e nossos entes queridos principiam.

Não há tempo. Não há disposição. Não há disponibilidade psicológica. Estamos em baixo. Estamos doentes. Estamos amuados. Agora não. Daqui a pouco. Hoje não é possível. Amanhã talvez.. Oh, fica para a semana.

Já aconteceu comigo, há muito, muito tempo atrás, e tenho medo, muito medo que aconteça uma outra vez.

Ficam para sempre: a incomunicabilidade e uma certa reserva na partilha de intimidades.

Em mim nunca mais se resolveu essa distância que magoa minha mãe e oprime tanto a mim.

Nem o amor, o respeito, a admiração, o amor outra vez, a adoração, tudo junto, ganham a luta que eu faço para travar com esse vazio, com esse poço fundo e escuro.

Tantas as lutam, que se ganham, com esforço, cuidados, dedicação.

Mas há algumas que não.

Esta é uma dessas.



fatima

4 comentários:

Anónimo disse...

E no entanto a única forma de conseguir é a entrega e o risco.
por muito que faça doer, por muito medo e receio que exista, viver é assim.
Doutra forma somos ermitas, adorados por alguns curiosos que querem escutar, querem adorar (engano)as nossas experiências e nos deixam quando já não temos nada de novo a contar ou a dar.
Vive e não queiras ser uma curiosidade procurada por outros curiosos ou também ermitas que também não querem arriscar mais um sofrimento e que cultivam muito o mundo da contemplação e perfeição que existe na cabeça e não debaixo dos pés. Sim, a vida é dura, mesmo muito dura.(Tb tem bons brindes)
Pelo pouco que vejo, deves ter uma caixa fechada cheia de AMOR, penso que se tiveres sorte podes trocar muito desse AMOR, como fizeste com a estória das MAÇÃS e das IDÉIAS no teu Blog de 17/Julho/2006.
BEM, lê isto mas no final segue sempre a tua consciência é que eu posso estar redondamente errado (acontece-me com frequência, não ligues)
SÓ PÓ.

Anónimo disse...

"Só o amor e a arte pagam a inquietação de ter nascido".
Não sei já quem é que me disse isto mas devia ser alguém que acreditava muito no Amor e nas coisas Belas.
Só Pó

Anónimo disse...

Eu sei que sou chato e melga, mas no dia em que te incomodar, só precisas de dizer uma vez. Adoro o teu Blog pois toca-me em vários assuntos que eu até já pensava adormecidos ou esquecidos e depois posso revivê-los e xingar-te e xingar-te.
Só Pó.

* disse...

percebo, tb eu!
mas não me atormento