quarta-feira, junho 02, 2010

pausa


Não sei por que

Sorri de repente

E um gosto de estrela

Me veio na boca.

*


de Mário Quintana
...........
Pausa, só pq sim....
Oito dias para descansarem de mim e ficarem de saudades ;)
Fiquem bem,
beijos e carinho meus,
fatima

7 comentários:

Anónimo disse...

ppppfffffff..... que convenciiiiiiiiidaaa!


Vai com Deus!
;)
Bj da irmã com mais juízo!

su disse...

bom descanso :)

(e muita diversão que o sol está aí!!!!)

joquinhas :)

Unknown disse...

Já cheguei tarde para deixar as despedidas, mas aqui estou a dar uma beijoca de boas vindas e espero k tudo tenha acontecido como previsto.
...Adorei a foto de uma linda mulher com ar feliz mas enigmático.
Abraço carinhoso.

Anónimo disse...

ok, vai lá então... mas com sabor de estrelas na tua boca sorrindente, senão não vale.

Beijo de irmã
Kerli

Nilson Barcelli disse...

Pronto, já estou com saudades.
Volta...
Fátima, descansa e volta quando do teu sorriso se libertarem estrelas.
Beijo.

Anónimo disse...

Deixo só um beijo... não tenho inspiração para mais, sorry.
Ruy

Joaquim Maria Castanho disse...

Oitavo Cálice


Perscruta o infinito como quem aguarda o insurgente apito do comboio
Porque há algo que escutar no silêncio da ímpar imensidão do cosmos
Quando já for quase noite neste dia ainda o mesmo dia ao crepúsculo
Quando comecei a escrever-te todavia já é madrugada o ocaso serôdio
Quando a aurora e o odor do teu corpo se misturam o mesmo fascículo
Se diluem brasa no perfume acidulado da rosa canina medida a moio
E seu fumo evola e dança entre nós urgentes e nus trejeitos de menina
Que os ventres se requerem desesperados na sôfrega eclosão plangentes
Com que se fundem num só fogo e igual fragrância de sangue ilumina
Latejante arrebatamento, febril e avassalador esquecimento da luz o til
Que cheira tão bem que até dói custoso acreditar ser cálice primaveril
As folhas a arderem estralejando desde a semente à raiz dum rebento
Libertando fleumas de convergir na morrinha da manhã acesa ao vento.

Eu confesso que também não sei quase nada das horas aberta espiral
Dos dias e do tempo apenas reconheço os minutos que sinto estar perto
Na intensidade dos sessenta segundos de pensar em ti em ti no plural
Em ti no analógico desmedido até ferver cachoeiras no DNA desperto
Furnas de lava ácida nucléica borbulhante nas lagoas cerebrais do sinal
Desmesuradas quedas de água interior despencam abruptas desmedidas
Precipícios líquidos do desejo com que te dissolves nas minhas lidas.

Há outras coisas a querer igualmente dizer sem parar ininterruptamente
Claro, mas que podem esperar ainda pelo sacrifício do verbo ao nome
Quando o degolarmos na lousa e altar de todos os silêncios cintilantes
E o seu latido agonizante raspar o arrepio e sulcar a alma alerta insone
Com as pontas de diamante das estrelas que anavalham o torpor antes
O rasgam de alto a baixo e esfaqueando-o como cristais candentes ais
Plantam nas telas do céu diamantinos e fulgentes soslaios e madrigais
Esses teus com que dizes não à morte de nenhum animal ou ser vivente
Flor, árvore, ideia, cor, som, gesto, expressão do agora digital semente
Porque tu preferes que profira a vida em linhas de horizontes tangentes
Paralelos sobre a paralelidade como socalcos de aproximação do grito
Palavras sobre palavras a irromper o imo seio das veias no grão granito
E pulsantes impulsionem as correntes águas a espraiarem-se liquefeitas
Até não podermos mais de tanto ruborizarmos nas inconfessáveis teias
Vermelho desejo do tumescente segredo no beijo sequestrado perfeito.

Porque quando se é julgado por incendiário e ter ateado o fogo divino
À floresta dos sonhos incondicionais e estes em labaredas irrompam
Incendeiem o corpo no suplício da obsessiva possessão nosso destino
E me possuíres em ti como um crime consumado no imo foro as glórias
Então ficará explicado sem que usuais contundências ilusórias acudam
Da retórica dos remorsos e rebates dos desejos arrependidos assaz frios
Que mergulhei na morte abraçado ao meteorito incandescente do olhar
E do teu beijo, e atravessei-a toda num golpe de adaga imperial secular
Separando a eternidade em duas metades como fruto maduro nos estios
Cometa acutilante de seda felina a dizer a fresta que nos une até gritar
Teu nome através dos tempos milenares provocando infinitos arrepios.